sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

2ª Visita ao Lar

No dia 16 de Dezembro fomos a uma visita de estudo e solidariedade. Partimos de Almada ao meio da manhã e chegámos por volta da hora do almoço. Antes de entrarmos para o lar, tirámos umas fotos pois tínhamos de fazer tempo para que os idosos acabassem de almoçar. Quando chegámos às instalações do lar deparámo-nos com alguns idosos, onde um deles nos chamou a atenção: fazia galos com peças de madeira que recolhe nas imediações do lar. Passeámos à volta do jardim com os idosos, oferecemos-lhes uns anjos de barro pintados por nós feitos no curso de geriatria pois era Natal. Distraímo-nos e distraímos os idosos com um dia diferente. Desejaram-nos um feliz natal. No final ainda tivemos tempo para tirar fotos junto a uma árvore de Natal que se encontrava à entrada do lar.
Chegou ao fim a nossa visita.













TEMA DE VIDA: Arte e Dialectos - BRASIL

História do Brasil

Segundo a História do Brasil foi oficialmente comprovada que o desembargador Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil em 22 de Abril de 1500.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras.
Em 1861 foi realizada a primeira missa católica no Brasil




História da bandeira Brasileira

A bandeira brasileira foi adoptada em 19 de Novembro de 1889 decretado por Benjamim Constante. Em 19 de Novembro a bandeira tinha 21 estrelas, e a 11 de Maio passou a ter 27 as quais permanecem até à data de hoje. Ela é a única bandeira mundial que não possui as cores preto e/ ou vermelho.

Simbologia: O amarelo representa o ouro, o verde as matas, o azul o céu e o branco a paz. Cada estrela representa um estado, a estrela que está situada acima da palavra ordem e progresso represente o Estado do Pará
As bandeiras são hasteadas somente durante a manhã, não podem estar em lugar com pouca luz e todas as repartições públicas têm que ter uma bandeira brasileira.

História dos escravos no Brasil

A escravidão teve início com a produção de açúcar. Na primeira metade do século eram trazidos pelos portugueses da África para trabalhar nas fazendas e nas minas de ouros, eram tratados da pior forma possível em troca de trapos de roupas, alimentos e moradias. Os bons escravos eram conhecidos pelos dentes e eram vendidos em troca de mercadorias e a outros senhorios donos de fazendas. Através dos escravos surgiu a famosa feijoada brasileira pois enquanto os senhorios comiam a carne de porco, os escravos dançavam e comiam as sobras da carne. Era a forma deles se divertirem nas senzalas. Em 13 de Maio de 1888, todos os escravos foram libertados.

 
 
 
História da Língua Portuguesa no Brasil.

Fora o português, que é o idioma oficial, há aproximadamente 180 outras línguas no Brasil.

PROBLEMAS SOCIAIS DOS DIFERENTES PAÍSES

No âmbito do segundo tem de vida, o grupo de formação reuniu informação sobre os problemas sociais que persistem nos seus países de origem, como forma de compreender as dinâmicas sociais que originam a emigração.


Enumeramos, abaixo, os problemas detectados:

Portugal


- Maus tratos nos idosos
- Desemprego e Pobreza
- Exclusão Social
- Desemprego
- Sistema de Saúde deficiente


Brasil


- Desemprego
- Violência e Criminalidade
- Sistema de Educação Deficiente
- Trabalho Infantil
- Pobreza
- Sistema de Saúde deficiente

Angola


- Direitos Humanos (em consequência da Guerra)
- Tráfico de diamantes
- Tráfico de seres humanos
- Violência e Criminalidade
- Sistema de Educação Deficiente
- Pobreza
- Sistema de Saúde deficiente
- Poluição

Cabo Verde

- Fome
- Falta de água
- Falta de medicamentos
- Desemprego
- Trabalho Infantil

TEMA DE VIDA: Arte e Dialectos - PORTUGAL

História da Língua Portuguesa

Como nos outros Idiomas, o Português sofreu uma evolução histórica sendo influenciado por vários idiomas e dialectos até chegar ao estado conhecido actualmente. Deve-se considerar, porém, que a língua Portuguesa é uma língua romântica que se originou no que é hoje a Galiza e Norte de Portugal. É derivada do Latim e era falado pelos povos pré-romanos da Península Ibérica acerca de 2000 anos atrás. O idioma só se espalhou pelo Mundo nos Séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um Império Colonial Comercial. Com mais de 260 milhões é a quinta língua mais falada do Mundo e a terceira mais falada no Ocidente. Além de Portugal, é língua oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Desde 13 de Julho de 2007 é também oficial na Guiné Equatorial.
ARTE PORTUGUESA


Na segunda metade do século XIX, Portugal atravessa um período de instabilidade. Portugal vive novos perturbações marcadas pela ditadura de João Franco, pela contestação da república, pelo regicídio, pela implantação da república, pela intervenção na primeira guerra mundial e pela instauração do estado novo. Tudo isto causou alterações na vida dos portugueses. As artes foram as mais prejudicadas pois há um desfasamento cronológico entre os movimentos artísticos europeus e o conhecimento dos artistas portugueses; as obras produzidas estavam ligadas à mentalidade da altura, ou seja, os compradores tinham pouco conhecimento da arte; e existia pouca projecção dos seus artistas.
Apesar da permanência do naturalismo, houve alguma contestação no campo da literatura (Eça de Queirós, António Nobre, Florbela Espanca, Mário de Sá Carneiro e Fernando Pessoa), no campo musical (Viana da Mota, Alfredo Keil, Luís de Freitas Branco e Fernando Lopes Graça) e no campo das artes (nas artes plásticas, Malhoa, Pousão, António Carneiro, Amadeu da Souza-Cardoso, Almada Negreiros e Eduardo Viana; na arquitectura Ventura Terra, Adães Bermudes e Marques da Silva). Foi a partir destes inconformistas que se começou a falar de modernismo.

A partir de 1900 ocorreram vários eventos artísticos.

· Concurso do pavilhão de Portugal 1900
· Sociedade de arquitectos portugueses 1902
· Prémios de Valmor de arquitectura 1902
· Exposição livre em 1911
· Museu nacional de arte contemporânea 1911
· Exposição de humoristas e dos modernistas 1915
· Presença dos Delaunay em Portugal uma influencia para os nossos artistas a partir 1915
· Introdução das novidades tecnológicas como o ferro, o vidro e o betão armado

Pintura
Os pintores dos finais do século XIX e princípios do século XX conheceram as correntes artísticas europeias mas continuaram ligados ao naturalismo.
Alguns procuraram outros caminhos, uns como laivos impressionistas, outros seguiram o modelo e o sentir simbolista e expressionista, outros ainda perseguiram várias correntes como os pintores da chamada primeira geração modernista.

Alguns pintores:
Eduardo Viana (1881-1967)
Inicialmente era um pintor naturalista de cenas e costumes mas cedo enveredou pelo protocubismo cezanniano em termos de forma. Em 1915 conheceu orfismo e os Delaunay e passou a produzir quadros inspirados na plástica órfica.

Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918)
A sua obra é caracterizada pela experimentação de várias correntes, do naturalismo ao expressionismo e ao cubo-futurismo. Participou em exposições em Paris, Berlim e Nova Iorque. Contactou com Picasso, Braque e o casal Delaunay. Ficou célebre pelas suas máscaras, pelas naturezas mortas, pelas paisagens e pelas violas. A mistura harmónica do cubismo, do futurismo, do expressionismo e de laivos do abstraccionismo dificulta a classificação das suas obras. Foi também inovador pelos materiais utilizados (pasta de óleo, areias) e pelo recurso a colagem (fósforos, ganchos de cabelo, estilhaços de espelho) pela simulação cubista da introdução de letras. Sem uma corrente única, era essencialmente apaixonado pelo movimento, pela velocidade, pela febre da vida moderna.

Guilherme Santa Rita (1889-1918)
Conhecido por Santa Rita Pintor. Já em 1912 se dizia pintor futurista. Vagueou entre o desafio conceptual e a pintura futurista italiana. É difícil analisar a sua obra pois mando-a destruir antes de morrer, havendo poucas excepções como a Cabeça. Foi um agitador de ideias, um inovador no campo estético e o organizador da revista Portugal Futurista em 1917. O que mais procurou foi a originalidade.

Almada Negreiros (1893-1970)
Exerceu um importante papel na cena política do nosso modernismo. Possuía uma personalidade excêntrica e original. Foi cenógrafo, bailarino, caricaturista, pintor e dinamizador nomeadamente das revistas Orpheu e Portugal Futurista. Nos anos 30 esteve em Madrid onde foi prestigiado. Em Portugal foi um dos incentivadores do modernismo.
O agravamento da situação político-económica e social e a ascensão das forças reaccionárias e nacionalistas irão impor a partir de 1926 o Estado Novo, que asfixiou este primeiro modernismo português. Alguns pintores sobrevivem trabalhando como ilustradores e gráficos. Estes pintores reunem-se em cafés como A Brasileira e o Bristol Club. Estes locais foram grandes centros culturais. Depois de 1930, o modernismo ganhou definitivamente um maior estatuto mas era uma arte tutelada pelo estado, o que fez com que fosse vista como um “modernismo tranquilo”.

Caricatura

Nos finais do século XI, a caricatura impôs-se com Rafael Bordalo. Salienta-se ainda Stuart Carvalhais pelo inovador que fez nas texturas. Fez uma crónica da vida quotidiana lisboeta em desenhos rápidos sem pormenor mas com expressividade. Fazia-os com paus de fósforos molhando em tinta ou em borras de café, graxa e só às vezes utilizava materiais mais nobres.

Escultura

A escultura permaneceu naturalista. Porém, alguns dos nossos escultores estiveram em Paris e de lá trouxeram influências de Rodin, Boudelle e outros. Salientam-se os escultores Diogo de Macedo e Francisco Franco.

Arquitectura

A arquitectura portuguesa viveu 3 tendências artísticas paralelas:
Uma arquitectura que seguia os esquemas académicos eclécticos e formais da arquitectura. Manifestou-se nos palácios, palacetes e solares para a aristocracia e alta burguesia.
A fomulação da “casa portuguesa” defendida por Álvaro Machado e especialmente por Raul Lino numa tentativa de reaportuguesamento da arte de construir que se manteve até aos anos 30.
Arquitectura modernista portuguesa que tem uma preocupação estética e procura a utilização de bons materiais. Este tipo de arquitectura era utilizada em obras públicas como liceus, bancos, hospitais, termas, teatros, hotéis e fábricas.
Dentro do espírito da funcionalidade surgiram algumas preocupações, por isso os materiais foram questionados aparecendo o vidro, o ferro e o cimento armado.

TEMA: Música e dança - PORTUGUESE DANCES

Music and Dances from Portugal

Portuguese music was influenced by music from Ancient Rom's musical tradition into the Iberian Península by the Romans and the rich artistic Europen tradition, its genres range from classical to popular music. Portugal's music history includes musical history from the mediaval Gregorian chants through Carlos Seixas symphonies era to the composers of the modern era. Musical history of Portugal can be divided ways. Portuguese music encompasses musical production.

Fado

Fado ( fate in Portugal ) arose in Lisbon as the music of the urban poor. The singer resigned to sadness, poverty and loneliness, but remaining dignified and firmly controlled. Starting in 1939 with the career of Amália Rodrigues, fado was an internationally popular genre. Amália made numerous stylistic innovations that have made her probably the most influential fadista of all time. A new generation of young musicians have contributed to the social and political revival of fado music, adapting and blending it with new trends. Contemporary fado musicians like Mariza, Misia and Camané have introduced the music to a new public.


Folk music

Trás-os-Montes musical heritage is related to the music of Galicia, Cantabria and Astúrias. Traditional bagpipes (gaita de foles), cappella vocals and a unique musical scale equal semitones have kept alive a vital tradition.



Fandango


Fandango is a lively folk and flamenco couple-dance usually in triple metre traditionally accompanied by guitars and castanets or band – clapping Fandango can both be sung and danced.





Corridinho

Corridinho is a Portuguese dance, namely of the Algarve. It is danced with the pairs always embracing, forming a circle, girls inside the circle and boys outside. By rotating, the circle the pairs evolve side by side. At a certain time, when the music has a stronger beat, their feet hit the floor more intensely, stopping the rotation. Further away in the dance, the pairs embraced waltz by spinning in the same place. Then, the circle starts rotating again, always for the right side.

TEMA: Música e dança - CAPE VERDE DANCES

Music and Dance from Cape Verde



Cape Verde is known internationally for morna, a form of folk music usually sung in the Cape Verdean Creole, accompanied by clarinet, violin, guitar and cavaquinho. The islands also boast funaná and batuque music.
Cape Verde is an island archipelago that was uninhabited until the Portuguese arrived in 1462. The sailors brought with them African slaves, and the islands' population became mixed with elements of both races. Climate conditions made the islands unhospitable, and the Portuguese mostly ignored the inhabitants and the frequent droughts and famines that wracked the islands periodically. As a result, there are now more Cape Verdeans abroad than at home, and sizable communities exist in New England, Portugal, Wales, Senegal, Italy, France and the Netherlands.

Morna



Is the most popular genre of Cape Verdean music, and it has produced an international superstar: Cesária Évora. Morna is a national song-style, like Argentinian tango, beloved by Cape Verdeans across country. It is related to Portuguese fado and its close cousin of Brazilian modinha. Lyrics are usually in Creole, and reflect highly-variable themes, including love and lust, patriotism and mourning.


Funaná

Funaná is an accordion-based genre from Santiago. Prior to independence, funaná was denigrated by colonial authorities, who considered it African. Since independence, however, bands like Bulimundo adapted the music for pop audiences, who combined funaná and coladeira.


Batuque


Is also popular in Cape Verde. Originally a woman's folk music, batuque is an improvised music with strong satirical or critical lyrics. In the 80's, Orlando Pantera has created the "new batuco" (neo-batuku), but he died in 2001 before to achieve his creative work.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

TEMA: Música e dança - ANGOLAN DANCES

ANGOLAN MUSIC AND DANCES



Angolan Music and its styles

These are some styles of the Angolan music:
Kisomba,whose origin comes from kimbundo has a great number of musical styles as the zouhs.
Other musical styles appeared such as semba, maringa, kabelula and caduque which gave origin to musical style Rebita.
Among these rhytms reappears the “Kuduro style” which is danced in groups and becoming a familiar dance performing the same steps with different choreographies.So is the magole style-beat,beat,beat

Kizomba

Is one of the most popular genres of dance and music created in Angola. Derived directly from Zouk music, sung generally in Portuguese, it is a genre of music with a romantic flow mixed with African rhythm. The kizomba dancing style is also known to be very sensual. Although it was created in Angola it is often considered Portuguese due to it being sung in Portuguese and its popularity throughout Portugal.





Music of Angola
The music of Angola has been shaped both by wider musical trends and by the political history of the country. In the 20th century, Angola has been wracked by violence and political instability. Its musicians have been oppressed by government forces, both during the period of Portuguese colonization and after independence. Angolan music also influenced Lusophone music in Brazil and Cuban music.
The capital and largest city of Angola is Luanda, home to a diverse group of styles including Angolan merengue (based on Dominican merengue), Kilapanda and Semba, the last being a genre with roots intertwined with that of Brazilian samba music. Just off the coast of Luanda is Ilha do Cabo, home to an accordion and harmonica-based style of music called rebita.
Lyrics of these songs are sung in Portuguese, which is spoken by most of Angolans (as first or second language, beside bantu languages).


Kuduro

It is an urban music features, and comes up with the cities, especially with the growth of Luanda. Around the capital, there are great Kuduro by being a kind, in our view, unpredictable and oddly spontaneous. Kuduro is the product of spontaneity that comes rhythmic moving a number of young people who choose to dance music as an ideal partner. settlements, the "musseques".

Programa de Apresentação do Tema de Vida

Dia 18 de Dezembro de 2009, será o culminar de três meses de trabalho árduo de formandos e formadores.


Abaixo, apresentamos a programação do dia de apresentação do segundo tema de vida, sobre a diversidade cultural presente no grupo de formação.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

TEMA: Música e dança - BRAZILIAN DANCES

BRAZILIAN MUSIC AND DANCE Brazil is a colorful country known for some really attractive dance-forms, and some of them have gained immense popularity on the international level. But do you know the history of these dances? Read on to discover the history of Brazilian dances...

Dance is a form of non-verbal communication for expressing human experiences, which in the course of time has developed into a form of art. Brazil is a land of many popular dances that contain the elements of African, Portuguese and European dance forms. Samba, carimbo, capoeira, Furro or Forro and lundu are some of the famous dances of Brazil. Here is an account of the origin and evolution of these dances.

Music of Brazil

The Music of Brazil encompasses various regional music styles influenced by African, European and Amerindian forms. After 500 years of history, the Brazilian music developed some unique and original styles like choro, sertanejo, brega, forró, frevo, samba, maracatu, Bossa nova, MPB, Brazilian rock, axe and others. Samba is no doubt the best known form of Brazilian music worldwide, though Bossa nova and other genres have also received much attention abroad. Brazil also has a growing community of modern/experimental composition, including electro acoustic music. All genres of Brazilian music formed a solid tradition.
These are some of our dancesSambaSamba is what immediately comes to mind at the very mention of Brazilian dance. Some believe that samba was derived from the word 'semba', which signifies a naval bump in Kimbundo, the African Bantu language, and symbolizes the invitation to dance from a man to a woman. 'Semba' is also an infinitive of 'kusamba', which means 'to pray', or to appeal for the favor of the Gods or ancestors by singing and dancing. So, the dance was an indispensable part of the religious ceremonies.
Samba is usually performed by couples, reflecting each other's steps. The rhythm is 2/4 at a time, or 2 beats to a bar of music. There are three steps to every bar of music, or three steps to two beats. The first step performed by women involves sliding of the right foot smoothly and placing the weight of the entire body on it. In the second step, the left foot is slided slowly and the body weight is shifted to it. In the third step, the right foot which has been raised is allowed to come back to the floor with the entire body weight placed on it. In men, the steps are similar but, they start with the left foot unlike women.
Capoeira

Capoeira is another important Afro-Brazilian dance, and believed to have evolved from martial arts. It was also created in Brazil by African slaves, mainly from Angola. However, there are lots of controversies regarding the origin of this dance. Some historians are of the opinion that it directly evolved from the African fighting style, while others think that it is a Brazilian dance having both Brazilian and African influences.
Though there are considerable differences of opinion regarding the origin of the dance and its name, it is an undeniable fact that the dance steps have close similarity with martial arts, as a lot of fighting movements like kicks, sweeps, punches and elbow strikes can be seen in this dance. The participants usually form a circle and then take turns in pairs in playing a musical instrument, or singing or performing fighting acts in the center.


Carimbo and Lambada


Carimbo is the name of both the dance and the large drums that accompany it. In Tupi language, it means the drum. Carimbo is a folk dance of the Para state in Brazil, in which African, Portuguese and European influence can be noticed. It is a sensual dance, where the woman tries to cover the man with her skirt. Sometimes, the woman throws her handkerchief on the floor, which her male partner has to retrieve by using his mouth.






LunduLundu, or Lundum is also a dance form brought by the African slaves, and it became very popular in Brazil during the seventeenth and early eighteenth centuries. The basic musical instruments involved are guitar, piano and drum. This dance also involves the use of handkerchief and castanets, an instrument consisting of a pair of hollow pieces of wood, or bone, and is held between the thumb and the fingers.


Forro

Forro, derived from the word forrobodo, means 'great party'. However, there is another theory that suggests that forro is the derivative of the English 'for all'. It is one of the most popular dances of Northeastern Brazil and can be danced to the rhythm of different music genres. The instruments used in this dance are accordion, zabumba and a metal triangle. A lot of variation can be observed in the dancing style of forro in different regions of Brazil. It is danced with partners and the participants move in proper synchronization, performing many complex steps.

domingo, 13 de dezembro de 2009

TEMA: Gastronomia

Feijoada à Brasileira

Moqueca de Peixe

Caipirinha

Pão de queijo

Doce de leite

Moreia de Cebolada

Lagosta Frita

Bolo de Banana

Cabrito com Inhame

Receitas típicas da Ilha de S. Santiago
Salada de Lagosta à Moda de Cabo Verde

Cachupa Rica

Pudim de Queijo

Ponche de Mel


Moamba de Galinha

Calulu de Peixe

Mousse de Manga

Kissangua de Abacaxi

Gambas fritas com picante

Carne de Pudim de Especiarias e Hortelã

Caril de Borrego com Tomate e Curgetes

Espetadas de Pescado

Ananás Corado em Vinho do Porto

1ª visita ao lar

O dia dezoito de Novembro de 2009 ficou marcado na história de muitos, entre eles nós formandos do curso de geriatria. Tivemos um dia de muita alegria com algumas pessoas mais velhas e também mais jovens. Fomos visitar um lar e centro de dia no distrito de Setúbal, na Vila Nogueira de Azeitão. Ao chegar ao lar A.U.R.P.I.A. encontrámos o Sr. António a trabalhar o seu artesanato. Na altura estava a fazer um galo em madeira que ele mesmo recolhia de galhos das árvores. Foi uma sensação maravilhosa pois fomos recebidos com muito carinho pela equipa do lar. Fizemos uma bela animação com danças e cantámos música popular. Tivemos ainda o prazer em ouvir as suas lindas histórias de vida. Entre alegria e tristeza surgiu a hora do adeus.





In (conveniências) e a cadeira

Acto I, Cena 1

Sala de exposições em Lisboa, com vista sobre a cidade. Como fundo, o rio Tejo e Almada.
E uma cadeira.


(Pedro encontra-se no meio da sala, com um ar pensativo a observar um quadro. Lúcia, com um ar cansado mas feliz, olha a sua volta e fixa um olhar na cadeira por segundos. Dirige-se para ela e senta-se.)

Lúcia - Ah! Que bom!
Pedro – Desculpe, falou?
Lúcia – Sim. Disse que bom estar aqui esta cadeira.
Pedro – Gosta dessa cadeira?
Lúcia – Sabe… estou cansada.

(Pedro cumprimenta Lúcia.)

Pedro – Pedro.

(Lúcia levanta-se.)

Lúcia – Lúcia. Prazer em conhecê-lo.
Pedro – O prazer é todo meu.
Lúcia – Como assim?
Pedro – Sou o autor desta exposição!
Lúcia – Você? aah!

(Pausa entre nós)

Lúcia – Deve ser um grande prazer andar pelo mundo de máquina ao peito.
Pedro – Nem sempre.
Lúcia – Como assim?
Pedro – Há fotografias que eu gostava de não ter tirado.
Lúcia – Desculpa! Porque diz isso?
Pedro – Gostei!
Lúcia – Gostou!

(Pausa)

Lúcia - Gostou de quê?
Pedro – Gostei da forma como disse desculpa, aproximou-nos, voltemos ao assunto.

(Pausa)

Pedro – Estava eu a dizer que há fotografias que gostava de não ter tirado.
Lúcia – Sim.
Pedro – O homem ainda está adormecido.
Lúcia – Como assim?
Pedro – Deixe que as fotografias falem.

(Lúcia diz baixinho…)


Lúcia – Falem…

Acto I, Cena II


(Entra na sala Marry, timidamente, trás consigo livros. Pedro e Marry trocam olhares.)

Lúcia – Por favor onde é o banheiro?
Pedro - Naquela porta, ao fundo do corredor.
Lúcia – Muito obrigada!

(Lúcia sai)

Acto I, cena III
(Marry dirige-se para o primeiro quadro e começa a ler para ela. Pedro dirige-se para a porta. Quando passa junto de Marry, esta deixa cair um livro. Baixam-se e ele apanha o livro e dá-lho, ficam a olhar um para o outro durante uns segundos.)


Marry – Obrigada.
Pedro - De nada. Foi um prazer.

(Levantam-se os dois. )

Pedro – Pedro, prazer.

(Cumprimentam-se. )

Marry – Muito prazer. Sou a Marry
Pedro – Obrigada pela sua presença.
Marry – De nada. Quem é o senhor?
Pedro – Sou o autor desta exposição. E Marry?
Marry – Sou Cabo-verdiana, estou em Lisboa a tirar um curso na universidade.
Pedro – Interessante, que curso? Dá-me a honra de saber?
Marry – História.
Pedro – Muito interessante. Porquê história?
Marry – Para um dia fazer um levantamento da história de Cabo Verde e a origem do meu povo, para poder escrever um livro.
Pedro – É um país novo!
Marry – Sim! Como país! Mas como pedaços de terra espalhados no Atlântico, tem tantos anos quanto a terra mãe.
Pedro – Claro! Como Portugal e suas ilhas.
Marry – Sim! Mas o que mais me interessa é saber a identidade do povo Cabo-verdiano.
Pedro – E já sabe alguma coisa?

Acto I, Cena IV

(Entra Lúcia.)

Lúcia – Desculpem…
Marry e Pedro – Não tem importância.
Lúcia – O banheiro tem…

(Pedro interrompe a Lúcia para apresentar Marry a esta.)

Pedro – Lúcia e Marry.

(Lúcia e Marry cumprimentam-se. )

Pedro – Eu estava a dizer…
Marry – Ah sim! Estávamos a falar sobre a identidade de Cabo verde.
Pedro – Claro.
Marry - Confronta-nos com os problemas relativos à nossa identidade. Somos ou não africanos?
Pedro – Como assim?
Marry – Porque quando as ilhas de Cabo Verde foram descobertas pelos portugueses, estas estavam desertas.
Pedro – O povo cabo-verdiano tem uma grande mistura de etnias.
Marry – A cultura cria-se e recria-se continuamente pela ligação a outros povos.

Acto I, Cena V


(Entram na sala a Ministra da Educação de Angola e a Embaixatriz de Cabo Verde, e olham ao seu redor. As duas dirigiram-se ao mesmo tempo para a cadeira, e chocaram. Pedro, Marry e Lúcia olham e voltam à conversa. As duas olham uma para a outra com cara de zangadas e a Embaixatriz senta-se. A ministra fica a observar os quadros.)

Pedro – É a cadeira do poder.
Lúcia – Então vocês têm um património muito rico, Marry!
Marry – Sim! Temos um património cultural modesto sem luxos, nós cabo-verdianos temos que preservá-lo e transformá-lo num Museu vivo.
Pedro – Vocês, em Cabo Verde, falam outras línguas sem ser o português?
Marry – Sim! Para além do “crioulo” nós passamos a ter as línguas internacionais, não por luxo, nem por privilégio, mas sim por necessidade.

(Pausa. Marry sorri. Pedro e Lúcia ficam pensativos. )

Marry – É Cabo Verde, verde são os trópicos, é uma parte de África.
Pedro – Se a Lúcia me permite… posso tratá-la por “Tu”?
Lúcia – Claro!
Pedro – O que te levou a fazer a viajem do Brasil a Portugal?
Lúcia – Como adivinhou?
Pedro – Intuição.
Lúcia – Vim a um congresso sobre os benefícios da actividade física na terceira idade.
Pedro – É mais um problema social que Portugal tem, com o envelhecimento da população. Li num jornal que está a decorrer em Portugal cursos de agentes de Geriatria para resolver este problema.
Marry – Nem tudo é um problema, é mais uma saída profissional. Deve ter sido interessante.
Lúcia – Sim! Sabes, sou assistente social e professora de educação física no Brasil.
Pedro – Vieste à procura de conhecimentos.
Lúcia – Para aplicar ao meu grupo de jovens que tem entre 50 a 85 anos.
Marry – Deve ser uma tarefa difícil.
Lúcia – A princípio existe algumas barreiras, mas é muito gratificante ver os benefícios.

(De repente, Pedro olha para a Ministra.)

Ministra e Pedro – Olá.
Pedro – Marry e Lúcia, desculpem.

(Pedro retira-se para cumprimentar a Ministra.Marry e Lúcia ficam a observar as fotografias.)

Pedro – Desculpe. Foi a Senhora que chegou há pouco?
Ministra – Sim!
Pedro – Não a reconheci, peço desculpa.
Ministra – Não tem importância.
Pedro – Obrigada Sr.ª Ministra pela sua presença, é uma honra.
Ministra – A honra é minha, tem aqui um trabalho lindíssimo.
Pedro – Muito obrigado! A Sr.ª Ministra está com um ar cansado.
Ministra – Estou em Lisboa a tratar de assuntos relacionados com a educação.
Pedro – O vosso País tem uma taxa elevada de analfabetismo.
Ministra – Sim! Temos uma insuficiente rede escolar, corpo docente e um abandono escolar elevado.
Pedro – A Sr.ª Ministra tem muito trabalho pela frente para alterar os números.
Ministra – Por esse motivo vim a Portugal pedir colaboração.
Pedro – Em que aspecto, Sr.ª Ministra?
Ministra – Na formação de professores, e alguns professores.
Pedro – O analfabetismo a falta de conhecimento e a má formação traz hoje graves problemas sociais a um País.
Ministra – Sim Sr. Pedro, graves problemas.
Pedro – Sr.ª Ministra, não é só na educação que tem graves problemas.
Ministra – Sim! Também temos graves problemas na saúde com falta de infra-estruturas e as que existem estão em mau estado, e temos falta de pessoal técnico.
Pedro – É um País com elevada taxa de pobreza.
Ministra – Sim! A nossa pobreza centra-se na fome. Estima-se que metade da população passe fome.
Pedro – Sr.ª Ministra, o HIV?
Ministra – Pedro , nem me fale nisso. Falta de conhecimento leva a uma elevada taxa de pessoas infectadas.
Pedro – Sr. ª Ministra, faz-me confusão! Um País como Angola rico em recursos naturais e os números são tão elevados…
Ministra – Pedro, tenho algumas dificuldades em falar neste assunto.
Pedro – Claro! É falar na cadeira. A Sr.ª Ministra está a ficar pálida!
Ministra – Como?
Pedro – Nada. Sr.ª Ministra. Estava a convidá-la a sentar-se naquela cadeira, mas está ocupada.
Ministra – Ah sim, queria apresentar ao Sr. Pedro a Embaixatriz.

(Pedro e a Ministra dirigem-se para junto da Embaixatriz. )

Ministra –
Sr. Pedro, a Embaixatriz.
Pedro Prazer Sr.ª Embaixatriz, sou Pedro.
Embaixatriz – Como está, Sr. Pedro?
Pedro – É uma grande honra ter na minha exposição a Sr.ª Embaixatriz.
Embaixatriz – A honra é minha, Sr. Pedro.
Pedro – Posso saber a honra dessa visita?
Embaixatriz – Ouvi falar muito bem da exposição.
Pedro – Muito obrigada Sr.ª Embaixatriz. Desculpe, parece-me que está preocupada.
Embaixatriz – Estou preocupada com o que se está a passar no meu País!
Pedro – Como assim Sr.ª Embaixatriz?
Embaixatriz – Sabe, em Cabo Verde tem havido pouca chuva!
Pedro – É verdade! É um problema que fatiga o povo cabo-verdiano.
Embaixatriz – A escassez de chuva traz seca.
Pedro – É um dos graves problemas da maior parte de África.
Embaixatriz – Sim! A seca provoca a escassez de produtos alimentares e pastos para os animais.
Pedro – As consequências são a fome.
Embaixatriz – Sim! Este problema traz muitos outros…
Pedro – Claro Sr.ª Embaixatriz quer falar dos outros?
Embaixatriz – Já agora, Sr. Pedro. Temos graves problemas na saúde com falta de efectivos e infra-estruturas, abandono escolar e imigração.
Pedro – E a Sr.ª Embaixatriz vê alguma luz no fim do túnel?
Embaixatriz – Sabe, não é fácil, o nosso governo está a tentar ajuda junto de outros Países.
Pedro – A Sr.ª Embaixatriz está com um bom aspecto.
Embaixatriz – Sim, sinto-me bem nesta cadeira.
Pedro – Sabe, Sr.ª Embaixatriz, está sentada na cadeira do poder.
Embaixatriz – Sabe, sinto-me muito bem.
Ministra – Eu também!
Pedro – Se as Damas me permitem, gostava de apresentar a Marry e Lúcia.
Embaixatriz e Ministra - Claro.
Pedro – Marry e Lúcia. (Chamando-as)

(Marry e Lúcia juntam-se aos outros. )

Pedro –
Marry e Lúcia, estas Senhoras são a Ministra e a Embaixatriz.

(Elas cumprimentam-se.)

Marry, Lúcia, Ministra e Embaixatriz – E Portugal?
Pedro – É um jardim à beira mar plantado!
Marry, Lúcia, Ministra e Embaixatriz – Aah…
Pedro – Minhas Senhoras, com tantos problemas sociais, que soluções?
Embaixatriz – Trabalho.
Ministra – União.
Lúcia – Humildade.
Marry – Justiça
Pedro – Muito Amor.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O DESABAFO DAS AMIGAS


Cinco amigas decidiram marcar um encontro numa casa de chá para falarem dos seus problemas. Em forma de desabafo, juntas tentaram arranjar soluções. Foram chegando aos pouco. Quando todas já estavam reunidas, entraram e escolheram uma mesa num recanto sossegado para estarem mais à vontade.


Acto I, Cena I


Maria: Olá amiga, tudo bem?

Francelina
: Sim, graças a Deus.

Maria
: Sabes, estou com um problema com o meu filho, não me liga nenhuma. Quando fiquei viúva ele quis-me roubar as poupanças que o pai me tinha deixado, pois não lhas entreguei de boa vontade. Agrediu-me, roubou-me… A tareia foi tão grande que até ao hospital fui parar.

Francelina
:
A minha situação também não é melhor. Os meus filhos não querem saber de mim. Telefono, não atendem; escrevo cartas, não respondem. Neste meio tempo senti-me mal e fui para o hospital, de lá tentaram contactar os meus familiares e nada.

Juventina
:
Na verdade o meu querido irmão está com um grave problema e não consigo ajudar. Está metido nos meandros da droga…já tentei de tudo e não consigo tirá-lo desta vida. Para agravar a situação, injectou-se com uma seringa de um desconhecido que tem HIV. Fui com ele fazer o teste e aconteceu o pior, deu positivo.

Apolinizia
:
Ai amigas, as nossas vidas não estão fáceis… Cada uma com os seus problemas… E que problemas!

Juventina
:
O meu irmão já esteve tantas vezes em clínicas e comunidades terapêuticas mas volta sempre tudo ao mesmo, basta encontrar-se com os amigos.

Apolinizia: O meu irmão sofre do trauma da guerra de Angola. Os dias dele têm sido um inferno, já não sei o que deva fazer em relação a este problema.

Balbina
:
Bem, os problemas da Maria, da Francelina, da Juventina e também da Apolinizia, teremos que, em conjunto, tentar arranjar soluções e pedir ajuda a quem nos puder socorrer.

Apolinizia
:
E tu, querida Balbina, como vai a tua vida?

Balbina
:
Eu tenho um irmão que já está em Portugal há 20 anos, casou com uma portuguesa e não consegue de maneira nenhuma a sua legalização. O SEF exige papéis que não acabam nunca.


Acto II, Cena I

No final de uma tarde bem passada onde as emoções estiveram à flor da pele, houve espaço para rir, chorar… enfim, partilhar vivências. Depois deste encontro, as cinco amigas combinaram que dali a seis meses voltariam a encontrar-se, e, talvez quem sabe, com a resolução para os seus problemas.

Passados seis meses, as cinco amigas voltaram a encontra-se no mesmo sítio.

Maria
:
Olá querida Francelina.

Francelina
:
Olá querida.

Maria
:
Como está a situação dos teus filhos?

Francelina
:
Como sabem os meus filhos tinham-me abandonado, mas há pouco tempo o meu mais velho foi pai e realmente viu que me estava a fazer. Juntou os irmãos, telefonaram-me e encontrámo-nos. Agora, com a graça de Deus, somos de novo uma família.

Maria
:
Olha, o meu filho conseguiu finalmente pensar que aquilo que me fez não estava correcto, e agora já é meu amigo e nunca me deixa sozinha.

Apolinizia
:
Graças a Deus o meu querido irmão conseguiu recuperar depois de ter feito terapia de grupo. Os fantasmas da guerra parecem ter desaparecido de vez. Encontrou uma moça e refez a sua vida.

Juventina
:
O meu irmão também, depois de tanto sofrimento e uma vida dura, recuperou. Em relação ao problema do HIV, a doença está controlada. Tem tido acompanhamento médico e medicação. Apesar de não curar o vírus, permite-lhe ter alguma qualidade de vida. Tenho muito orgulho nele. Arranjou trabalho e afastou-se das más influências que tinha. Agora era importante arranjar uma companheira… Quem sabe?!

Balbina
:
Queridas, no fim, todos os nossos problemas se resolveram, até o meu mano se legalizou e tem uma vida tranquila e feliz.

As cinco amigas que por fim resolveram os seus problemas são agora mulheres felizes e realizadas.

A VIDA É UMA PERSISTÊNCIA


Nome das personagens:

NELMA: Chiquinha (Agricultora caipira)
CRISTINA: Madalena (Psicóloga)
ISABEL: Josefa (Embaixatriz)
ANA ISABEL: Ana Moura (Fadista)
GRAÇA COELHO: Papoila (Apresentadora)


ACTO I, CENA I


Papoila: Hoje venho aqui partilhar com vocês uma história que une diferentes culturas e faz sobressair os seus encantos e desencantos. Tudo começa no Brasil com o retrato da vida de uma senhora caipira. Um encontro feliz vai dar origem a novos encontros que nos conduzem melódica e poeticamente a uma reflexão sem tempo para acabar. Ditará cultura o nosso destino? Só o fado o dirá!

ACTO II, CENA I


Madalena: Boa tarde, posso entrar para falarmos, eu sou portuguesa e vim fazer um trabalho comunitário aqui no Brasil.

Chiquinha: Boa tarde! Entre e sente-se por favor.

Madalena:
Posso fazer uma pergunta?

Chiquinha: Sim.

Madalena: Já foi à escola?

Chiquinha:
Não! Não sei ler nem escrever, mas sei contar, porque vendo aquilo que planto e crio animais.

Madalena:
Eu sei como posso ajudar. Nós abrimos uma pequena escola aqui perto. Em relação aos transportes não se preocupe, há a possibilidade de vir buscá-la a uma hora a combinar e trazê-la de regresso a casa. Estás interessada?

Chiquinha:
Eu gostava.

Madalena:
Ok, então fica combinado. Tem agora uma oportunidade de iniciar os estudos. Nunca é tarde para fazê-lo! Espero que corra tudo bem. Se entretanto surgir alguma questão estarei ao seu dispor para esclarecê-la e ajudá-la. Adeus, beijinhos. Quero ter notícias suas. Vou deixar o meu endereço e nº de telefone. Espero, quem sabe, encontrá-la um dia em Portugal. Boa sorte!

ACTO III, CENA I


(Em Portugal, enquanto andavam por uma rua da Baixa Lisboeta)

Ana Moura: Amiga, sabes quem está a chegar do Brasil e de Angola?

Papoila:
Quem?

Ana Moura:
A Madalena e a Josefa. Chegam hoje.

ACTO IV, CENA I


(Madalena e Josefa encontram-se no Aeroporto)

Josefa: Olá! Está tudo bem?

Madalena:
Sim, e tu?

Josefa:
Também. Gostei imenso de estar em Angola. Consegui andar para a frente com o nosso projecto. Fiquei entusiasmada. O meu País já não está em guerra mas ainda há muita falta de recursos económicos e muita carência social. As consequências da pobreza e poluição ainda são desastrosas.

Madalena:
Olha Josefa, podemos combinar para irmos à casa do Artista. O que dizes?

Josefa:
Está bem. Depois ligo-te, ok?! Combinamos com as nossas colegas.

ACTO V, CENA I

(Numa casa de fado no Bairro Alto)

Papoila:
Alguns anos mais tarde as amigas juntam-se todas na casa de fado. Conversam de tudo um pouco.

Madalena: Olá amiga, tudo bem? Só consegui chegar agora! Está um trânsito infernal… Olhem, quero apresentar-vos a Chiquinha. Já vos falei muito dela, agora finalmente conhecem-na pessoalmente!

Josefa, Ana Moura, Papoila: Muito prazer Chiquinha! Seja bem-vinda a Portugal.

Chiquinha:
O gosto é todo meu. Vocês Portugueses são muito hospitaleiros. Tenho sido recebida com muito carinho…

Ana Moura:
Sei que vai colaborar na Associação de Apoio a Pessoas Desfavorecidas criada pela Madalena e Josefa.

Chiquinha: Sim, tive o grande privilégio de ser convidada pela Madalena, e claro com o ok da Josefa, a quem também muito agradeço. Ainda me custa a acreditar. A minha vida deu uma volta de 180 graus!

Josefa: Por algum motivo a vida juntou-nos nesta causa. A Chiquinha, pelo que sei, tem uma história de vida riquíssima. É uma mais-valia poder contar com a sua participação na Associação, pois é um exemplo vivo de como é possível dar a volta por cima… Sem esforço nada se consegue!

Madalena: Chiquinha, conta-nos um pouco da realidade que se vive no Brasil… a começar pelas grandes desigualdades entre o pobre e o rico.

Chiquinha: Constatamos que na nossa sociedade existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com a mesa muito farta todos os dias, enquanto outros nem sequer têm o que comer durante o dia.
As desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam à exploração do trabalho e à concentração da riqueza nas mãos de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais.

Papoila: Bem, nós cá em Portugal já começámos cada vez mais a assistir a essa triste realidade…e digo isto sem querer ser fatalista, mas assusta-me o rumo que as coisas estão a tomar! E tu, Madalena, como está a correr o teu trabalho? A Psicologia da Saúde em Portugal tem pernas para andar?

Madalena: Vocês sabem que na Psicologia da Saúde, em Portugal, na opinião dos profissionais, ainda estamos muito desfasados relativamente aos outros países da Europa. O nosso trabalho nas Instituições de Saúde afasta-se daquilo que é internacionalmente aceite em termos de intervenção da Psicologia da Saúde.
As pessoas recorrem aos serviços em contexto de crises pessoais. Há evidências de que disponibilizar estratégias para evitar o aparecimento de psicopatologias, ou que as mesmas sejam amenizadas ou ainda bem aceites pela comunidade, aumenta o bem-estar subjectivo dos utentes e melhora a qualidade de vida dos mesmos. Quero com isto dizer, que a prevenção é fundamental para criarmos sociedades com saúde mental. Em Portugal é significativo a mortalidade, pois o comportamento em geral é desanimador, influenciado pela própria doença. Dentro desse contexto é muito importante desempenhar a manutenção e prevenção de saúde. Evitaria muitas situações que infelizmente por vezes têm um desfecho dramático.

Ana Moura: Bem, agora com a Associação vão ter oportunidade de darem voz activa à vossa intervenção. O vosso esforço valeu a pena! E tu, Josefa, a tua viagem a Angola ajudou-te no projecto da Associação? O que trazes de novo?

Josefa: Venho dar a conhecer um pouco da realidade do que se vive em Luanda. Apesar da riqueza do meu país em matérias-primas, a maioria da população vive em condições de pobreza. Existem muitas carências na vida quotidiana. A falta de recursos económicos, nomeadamente a carência de rendimento e exclusão social é também um dos grandes flagelos. Não esquecendo a poluição do ambiente, provocando um efeito negativo.
Então e tu fadista? A música ainda preenche a tua vida?

Ana Moura: Minhas amigas! Eu agora ando fascinada com as obras e vida de Fernando Pessoa. Ainda me vou dedicar à escrita... Sabiam que Fernando Pessoa tornou-se o maior poeta de língua Portuguesa? Foi Senhor absoluto da beleza das palavras e das verdades da essência humana. A sua poesia atinge a todos, sem distinção da raça ou classes sociais. A sua mensagem é de identificação universal, tocando de forma indelével a sensibilidade humana.

Papoila: Amigas, gostava de ficar aqui com vocês, mas agora o palco chama-me! Prometo que no final do espectáculo continuamos a nossa conversa. Espero que esta noite de fado seja do vosso agrado! Para mim é sempre um recordar dos bons e velhos tempos… Bem, divirtam-se que agora vai-se cantar o fado.

(Papoila dirige-se para o palco, para assim apresentar a actuação da sua querida amiga Ana Moura)

Papoila: Boa noite a todos! É com muito gosto que estou aqui hoje para dar abertura ao nosso espaço dedicado ao fado. Gostaria primeiro de falar um pouco sobre a origem desta forma de musicalidade que é tão nossa, tão Portuguesa!

O fado canta-se a vida /
Ao Fado canta-se a morte/
O Fado canta-se a partida, a despedida e a nossa sorte...

A palavra fado vem do latim fatum, ou seja,”destino”. Terá surgido provavelmente na primeira metade do século XIX. Parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da modinha e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu, no então rico caldo de culturas presentes em Lisboa, tendo como resultado a extraordinária canção urbana conhecida como “fado”. Começou por ser cantado nas tabernas e nos pátios dos bairros populares, como Alfama, Castelo, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa mas logo tomou importância nacional. As tabernas, primordialmente, eram palco de encontros de fidalgos, artistas, trabalhadores das hortas, populares e estrangeiros, que se reuniam em noites de Fado vadio, ou seja, o Fado não profissional. A primeira cantadeira de Fado de que se tem conhecimento foi Maria Severa Onofriana. Cigana e prostituta, de família da estirpe, cantava e tocava guitarra nas ruas da Mouraria.

Papoila: Senhores e Senhoras vão agora ouvir um fado cantado por Ana Moura. De seguida, duas amigas de Ana Moura vão recitar dois poemas. Espero que gostem!

(Ana Moura canta “Estranha forma de Vida, de Amália Rodrigues)

Foi por vontade de deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha a saudade
Foi por vontade de deus.
Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vive de forma perdida
Que lhe daria o cordão
Que estranha forma de vida
Coração independente
Coração que não comando
Vive perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente
Eu não te acompanho mais.
Para, deixar de bater
Se não sabes onde vais
Eu não te acompanho mais.

Chiquinha: (Recita o poema "Saudades do Brasil em Portugal")

O Sol das minhas lágrimas de amor
Criou o mar.
Que existe entre nós dois para nos unir e
Separar.
Pudesse eu te dizer a dor que dói
Dentro de mim.
Que mói meu coração nesta paixão
Que não tem fim.
Ausência tão cruel saudade tão fatal!
Saudades do Brasil em Portugal!
Meu bem, sempre que ouvires um lamento
Crescer, desolador, nas voz do vento,
Sou eu em solidão pensando em ti, chorando.

Josefa: (recita o poema "Coragem", de Fernando Pessoa para homenagear Ana Moura)
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz, é deixar de ser vítima dos problemas e se torna um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para a receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”